Pode-se dizer que escolhi esta matéria por motivo "especial": Jornal Agora Sertãozinho, quinta-feira, 21 de abril, reportagem especial "Lixo x Pessoas - Limpeza da cidade depende de ações diárias da comunidade para um bom resultado ao meio ambiente".
É uma reportagem extensa para ser colocada integralmente nesse espaço do blog. Ocupa quase uma página. Portanto, vou resumi-la no parágrafo seguinte.
Simplificadamente, começa afirmando que a maior parte de nós, os cidadãos urbanos, somos um bando de porquinhos, pois não damos a devida atenção ao meio ambiente e o prejudicamos com lixo. Após isso, mostra a preocupação das escolas em relação à mudança de hábitos e conscientização sobre reciclagem, simbolizando com o discurso de dois estudantes e uma senhora de 64 anos também simpatizante desta causa. Por último, há uma entrevista com Sebastião Macedo, secretário de Meio Ambiente de Sertãozinho, finalizando de forma esperançosa quanto à possibilidade de melhoria por parte dos cidadãos no trato do ambiente.
Oh! Como eu gostaria de acreditar neste final feliz, Papai Noel, existência da imparcialidade e que Sócrates vence Trasímaco na discussão sobre justiça. Mas não posso, pois me baseio em fatos. Sou, portanto, realista. Não os interpreto com rótulos e preceitos de otimismo ou pessimismo, embora perceberão o uso do segundo a seguir.
Primeiro, eu gostaria de saber quais são essas tais "escolas conscientes", pois, dentre aqueles em que estudei (Cristino Cabral, Nícia e Tecno-Sert), nunca houve programas ou campanhas a respeito de conscientização ambiental. E os eventos sobre o assunto eram independentes do cronograma da escola. Sequer eram frequentes ou influentes. Os poucos eram sustentados pelo grêmio escolar ou por alguns professores de Biologia.
A matéria do jornal, como solução ao problema, aponta haver necessidade de implantar a prática de reciclagem do lixo gerado pelos cidadãos. Ok, realmente, porém não bastam gastos com campanhas. Reciclagem no Brasil é associada como algo praticado por pobres como fonte de renda. Portanto, este hábito conota inferioridade, visto que o poder de compra dita classe social e status no sistema capitalista (selvagem).
Por último, menciona, de forma esperançosa, os hábitos do cidadão consciente, apoiando a opinião deste jornal na resposta de Sebastião Macedo à pergunta: "Qual é o novo caminho para resolver esta questão lixo versus pessoa?".
Vale a pena apontar a dica proposta pelo secretário, caso você queira militar em prol do meio ambiente. Macedo sugere o uso de produtos com embalagens recicláveis ou reutilizáveis e atenção ao comprá-las, pois (Ah! Aqui vem o grand finale!) "O nosso comportamento é que vai mudar esta realidade em defesa do meio ambiente em que vivemos".
A solução não é tão simples como assim mostrada. Não basta mudança de hábitos somente por parte dos cidadãos. Estes seguem os ideais capitalistas, que não incluem reciclagem como algo positivo, e não são os únicos responsáveis por deteriorar o meio ambiente. Há gente morrendo (literalmente!) em meio ao lixo, como no caso do deslizamento de terras em Niterói, onde as casas foram construídas sobre um aterro sanitário com autorização do governo, que, por sua vez, afrouxa as rédeas na punição de empresas poluidoras do meio ambiente, como as que prejudicam os lençóis freáticos (as de couro, por exemplo) ou o ar (queima da cana-de-açúcar).
É uma reportagem extensa para ser colocada integralmente nesse espaço do blog. Ocupa quase uma página. Portanto, vou resumi-la no parágrafo seguinte.
Simplificadamente, começa afirmando que a maior parte de nós, os cidadãos urbanos, somos um bando de porquinhos, pois não damos a devida atenção ao meio ambiente e o prejudicamos com lixo. Após isso, mostra a preocupação das escolas em relação à mudança de hábitos e conscientização sobre reciclagem, simbolizando com o discurso de dois estudantes e uma senhora de 64 anos também simpatizante desta causa. Por último, há uma entrevista com Sebastião Macedo, secretário de Meio Ambiente de Sertãozinho, finalizando de forma esperançosa quanto à possibilidade de melhoria por parte dos cidadãos no trato do ambiente.
Oh! Como eu gostaria de acreditar neste final feliz, Papai Noel, existência da imparcialidade e que Sócrates vence Trasímaco na discussão sobre justiça. Mas não posso, pois me baseio em fatos. Sou, portanto, realista. Não os interpreto com rótulos e preceitos de otimismo ou pessimismo, embora perceberão o uso do segundo a seguir.
Primeiro, eu gostaria de saber quais são essas tais "escolas conscientes", pois, dentre aqueles em que estudei (Cristino Cabral, Nícia e Tecno-Sert), nunca houve programas ou campanhas a respeito de conscientização ambiental. E os eventos sobre o assunto eram independentes do cronograma da escola. Sequer eram frequentes ou influentes. Os poucos eram sustentados pelo grêmio escolar ou por alguns professores de Biologia.
A matéria do jornal, como solução ao problema, aponta haver necessidade de implantar a prática de reciclagem do lixo gerado pelos cidadãos. Ok, realmente, porém não bastam gastos com campanhas. Reciclagem no Brasil é associada como algo praticado por pobres como fonte de renda. Portanto, este hábito conota inferioridade, visto que o poder de compra dita classe social e status no sistema capitalista (selvagem).
Por último, menciona, de forma esperançosa, os hábitos do cidadão consciente, apoiando a opinião deste jornal na resposta de Sebastião Macedo à pergunta: "Qual é o novo caminho para resolver esta questão lixo versus pessoa?".
Vale a pena apontar a dica proposta pelo secretário, caso você queira militar em prol do meio ambiente. Macedo sugere o uso de produtos com embalagens recicláveis ou reutilizáveis e atenção ao comprá-las, pois (Ah! Aqui vem o grand finale!) "O nosso comportamento é que vai mudar esta realidade em defesa do meio ambiente em que vivemos".
A solução não é tão simples como assim mostrada. Não basta mudança de hábitos somente por parte dos cidadãos. Estes seguem os ideais capitalistas, que não incluem reciclagem como algo positivo, e não são os únicos responsáveis por deteriorar o meio ambiente. Há gente morrendo (literalmente!) em meio ao lixo, como no caso do deslizamento de terras em Niterói, onde as casas foram construídas sobre um aterro sanitário com autorização do governo, que, por sua vez, afrouxa as rédeas na punição de empresas poluidoras do meio ambiente, como as que prejudicam os lençóis freáticos (as de couro, por exemplo) ou o ar (queima da cana-de-açúcar).
Mateus Furtado
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto-SP
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto-SP
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