Notícias genéricas, pautas insossas, jornalismo “rabo-preso”. Engana-se quem vislumbra nestas características a mídia dos grandes centros. Distante da capital, na maioria das redações do interior, enraizou-se no processo apurativo e criativo o crivo de que inovação, imparcialidade e compromisso com a sociedade não combinam com a função do jornalista.
A prática é comum no mercado de negócios. Investe-se naquilo que comprovadamente dará lucro, tomando-se o produto consolidado e bem quisto como o modelo a ser seguido. No jornalismo tradicional (jornal, televisão ou rádio), temos um padrão de décadas, fruto do esforço para que seu modo de apresentação não atrapalhe a comunicação e o entendimento dos fatos. Mas até mesmo a rotina pode arruinar a comunicação. Copiar o modelo enlatado da capital foi pioneiro por alguns anos, mas desastroso com o passar do tempo.
Claro que o investimento humilde explica muito bem o medo de injetar dinheiro em experimentações. Só que, em uma redação pequena, o racionamento deveria ser apenas monetário, não também no campo das ideias. E não é unicamente o formato antiquado. Na pressa de se fazer um jornal que não lesione o ego dos noticiados tão próximos (experimente denunciar um escândalo político no interior de São Paulo e seja agraciado com ameaças de morte), puritano e padronizado, destrói-se de uma vez o principio ético da profissão, o de informar.
Construiu-se a indústria de mídia caipira. Fadada a compactuar com a situação e omitir ao máximo a oposição. Às favas o dever de noticiar os problemas de interesse público e, por que não, interesse do público. É diário o exercício de mostrar as “belezas” de nossa terra (pobres urutaus e micos de praça não aguentam mais o estrelato nas telas ribeirãopretanas). É rotineira a repetição de pautas sazonais (todo ano a venda de ovos de Páscoa aumenta!).
Quem será o herói que derrotará este marasmo? Ainda não sabemos. Mas, analisando a situação, aquele que não tiver medo da tríade imparcialidade, veracidade e credibilidade será o algoz da mídia insossa. Queira Deus que o mercado copie este bendito. Apesar de que imitar modelos tão antiquados seja totalmente “out”...
A prática é comum no mercado de negócios. Investe-se naquilo que comprovadamente dará lucro, tomando-se o produto consolidado e bem quisto como o modelo a ser seguido. No jornalismo tradicional (jornal, televisão ou rádio), temos um padrão de décadas, fruto do esforço para que seu modo de apresentação não atrapalhe a comunicação e o entendimento dos fatos. Mas até mesmo a rotina pode arruinar a comunicação. Copiar o modelo enlatado da capital foi pioneiro por alguns anos, mas desastroso com o passar do tempo.
Claro que o investimento humilde explica muito bem o medo de injetar dinheiro em experimentações. Só que, em uma redação pequena, o racionamento deveria ser apenas monetário, não também no campo das ideias. E não é unicamente o formato antiquado. Na pressa de se fazer um jornal que não lesione o ego dos noticiados tão próximos (experimente denunciar um escândalo político no interior de São Paulo e seja agraciado com ameaças de morte), puritano e padronizado, destrói-se de uma vez o principio ético da profissão, o de informar.
Construiu-se a indústria de mídia caipira. Fadada a compactuar com a situação e omitir ao máximo a oposição. Às favas o dever de noticiar os problemas de interesse público e, por que não, interesse do público. É diário o exercício de mostrar as “belezas” de nossa terra (pobres urutaus e micos de praça não aguentam mais o estrelato nas telas ribeirãopretanas). É rotineira a repetição de pautas sazonais (todo ano a venda de ovos de Páscoa aumenta!).
Quem será o herói que derrotará este marasmo? Ainda não sabemos. Mas, analisando a situação, aquele que não tiver medo da tríade imparcialidade, veracidade e credibilidade será o algoz da mídia insossa. Queira Deus que o mercado copie este bendito. Apesar de que imitar modelos tão antiquados seja totalmente “out”...
Samuel Leite
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
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