domingo, 14 de outubro de 2012

Como clamar por liberdade de expressão?

          Nas últimas semanas, acompanhamos um espetáculo de liberdade de expressão por parte, em especial, da revista Veja e da Folha de São Paulo. Contestados até por jornalistas de seu próprio grupo, esses veículos não mediram palavras e imagens para julgar, condenar e comemorar seu triunfo no caso do mensalão do PT.

          Negam fatos que possam contradizê-los, ignorando qualquer acerto por parte do PT, assim como qualquer erro dos partidos aos quais são aliados. Simultaneamente, vemos vídeos postados por pessoas comuns serem tirados do ar na Internet. Pessoas sendo bloqueadas em sites por fazerem comentários que não agradam seus idealizadores. E até um jornalista deixou o país por medo da represália de um militar eleito vereador em São Paulo.

          Então, o direito de expressão é restrito à mídia tradicional? A liberdade limita-se nesse ponto? É claro que toda opinião ou atitude é fruto de experiências próprias e únicas, muitas vezes incompreensíveis para os demais. No entanto, os veículos de comunicação, detentores do poder de se comunicar com milhares de pessoas, precisaria ter o mínimo respeito por seu público. Há informações que mais parecem uma afronta à inteligência do leitor.

          A mesma situação repete-se em Ribeirão Preto e região. Os jornais, em especial no período eleitoral, divulgam feitos ou malfeitos dos candidatos a fim de beneficiar uma ou outra organização política.

          Uma espécie de guerra de informações, com ataques arquitetados a partir de pontos de vista bastante tendenciosos, põe em risco a credibilidade do jornalismo. A profissão é tratada como uma arma na mão de verdadeiros farsantes. Isso não é jornalismo. Nem sei o que é. Talvez interesse, capitalismo... Só sei que precisa acabar.

Susana Santos
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP

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