Com o início do período eleitoral, o Programa do Léo trocou de nome e agora é chamado de “A realidade das ruas”. Como todos sabemos, o conteúdo oferecido por tal programa é apelativo, sanguinário, e, e daí? O que isso (apreensão de pequena quantidade de drogas, pequenos furtos, prisão de dependentes químicos etc).vai mudar na minha vida?
Quem vê acha que está no meio de tiro cruzado. Quem assiste, acha que a violência está em todos os lugares. Essa não é a realidade da nossa região.
Das cidades do Estado de São Paulo com mais de cem mil habitantes, Franca é a terceira mais segura, e São Carlos a quarta. Isso em dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública Estadual, com números baseados em 2011. A taxa de assassinatos em Ribeirão Preto é por volta de 5,2 para 100 mil habitantes, uma das menores do estado.
Nossos problemas são o péssimo transporte público, em os ônibus quebram toda hora e poucas linhas para atender a todos. As queimadas nas plantações de cana de açúcar, os buracos nas ruas, o péssimo atendimento nos postos de Saúde, as escolas sucateadas, animais abandonados em todos os lugares, os políticos que votam o aumento no número de cadeiras na Câmara sem consulta popular, como em Sertãozinho, que saltou de 11 vereadores para 17 a serem eleitos nas próximas eleições municipais.
Entretanto, a mesorregião de Ribeirão Preto tem também como realidade centros de pesquisas. Temos universidades públicas em Franca, Jaboticabal e em Ribeirão Preto. Além da proximidade com Araraquara e São Carlos, onde também há unidades acadêmicas de pesquisa.
Estudos científicos realizados na USP, principalmente na área da medicina, vão interferir no futuro das pessoas. Porém, alguns trabalhos sofrem com a falta de voluntários para se desenvolver, e nenhum órgão de imprensa divulga isso. Se fosse divulgado, poderia incentivar as pessoas a participar.
A cultura, aqui, pulsa forte. Em 2011, foi criada a USP-Filarmônica, orquestra que visa desenvolver a música erudita. Há uma gama de museus. Em Ribeirão Preto, existe o MARP, o Museu do Café, o Museu da Segunda Guerra Mundial. Em Brodósqui, a Casa de Portinari. Sem dizer as inúmeras galerias e casas de espetáculos.
Essa é a nossa realidade, problemas de estrutura urbana, mas também a cultura. Não é o que teimam jogar nas nossas cabeças para nos aterrorizar.
Leonardo Oliveira dos Santos
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
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