As chamadas dos jornais, tanto televisivos como de rádio, estão cada vez mais parecidas com trailers de filmes. Assistindo ao Jornal Regional outro dia, me deparei com as seguintes chamadas: “FANTASMA”, referindo-se a uma investigação de um funcionário fantasma da prefeitura da cidade de Leme, e “MEDO”, sobre o sequestro de uma família para roubar um carro forte.
O irônico de tudo isso é que este é o tipo de chamada que atrai um público que se interessa a ver notícias com essas características. E não os incomoda a maneira como são as chamadas, o modo de provocar, de chamar a atenção. A aceitação do “tudo comum” tem se tornado motivo para tanta apelação. Cabe a nós tentar mostrar, incentivar a tentar mudar algo, cobrar quando necessário e deixar de ser controlado.
A maneira como essas chamadas são mostradas destaca o individuo infrator como o vilão da história, o que faz com que o público veja esses fatos como uma realidade distante de si, algo que nunca fosse acontecer com ele.
Renata Aquino dos Santos
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
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