sexta-feira, 16 de março de 2012

Veículos regionais

          Antes de falar sobre o jornalismo regional, assumo que esta é a minha primeira experiência como articulista. Espero que gostem.

          Brevemente, vou dar um panorama do jornalismo no Brasil. Eu classifico em três moldes. De primeiro momento, já falo que diversos meios de comunicação – independente de ser rádio, TV, internet, entre outros – são extremamente sensacionalistas. Em segundo lugar, temos os que são guiados pela política e religião como pano de fundo. E, por fim, os que são minoria, que realmente reportam o fato de forma clara e objetiva.

          Na minha visão, os meios de comunicação de Ribeirão e região podem ser divididos claramente em dois modelos: os bens tradicionais, que são feitos em um formato pelo qual se percebe de longe que é do interior, e os feitos a partir de um modelo mais tecnológico, que se espelham nos grandes canais de comunicação das capitais brasileiras.

          Como moro em Ribeirão, vou falar de dois dos maiores canais televisivos: TV Clube e EPTV. Ambos estão na cidade, possuem um contraste e se utilizam das informações locais e regionais para a produção de seu conteúdo. No caso da TV Clube, vejo que ela produz seu conteúdo em um formato que cria um vínculo com a população local. Seu telejornal possui bordões fáceis e a fala é de um jeito simples. Ela diariamente está na Câmara dos Deputados, com links acompanhando o que está sendo feito pelos políticos da cidade. O que já cria um conceito de regionalismo.

          Já a EPTV possui um modelo de fazer telejornal totalmente pensado nos grandes jornais. Seus quadros, jeito de apresentar e produção são feitos de um jeito “enlatado”, ficando óbvio que seu modelo segue o jeito das capitais. Seu conteúdo é pouco ribeirãopretano, tratando pouco sobre a cidade.

          Mas ambas conseguem atingir seu objetivo em seu campo de atuação.

          Nos meios rádio e jornal acontece o mesmo. O jornal Gazeta de Ribeirão segue o modelo regional. O Jornal A Cidade fica no padrão capital. As rádios Jovem Pan FM, Oi FM, Difusora e Diário atingem um público mais moldado à vida de correria das capitais. Outras, como a Mega FM, Conquista, Clube FM, Band FM e demais são feitas para atingir todas as classes sociais.

          A cada dia, o jornalismo fica mais dividido. A ideia de que a profissão de jornalista é homogênea e igual em todo lugar é impossível de se ter. O poder econômico de grandes pessoas influencia também diretamente no jeito de se produzir. Por fim, penso que dificilmente este panorama irá mudar. O que eu gostaria é de ver que eles trabalhassem melhor seus conteúdos para poder conseguir alcançar a missão de informar de forma imparcial.

Victor Prates
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP

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