Covarde. É essa palavra que me vem à cabeça quando leio o semanal “Tribuna Região”, da cidade de Jaboticabal. Coisa fora do comum. Toda edição é a mesma coisa: buracos nas ruas, hospital abarrotado de gente, greve de médicos (sim, em Jaboticabal existe greve!), as rixas dos vereadores, uma infinidade dos mesmos assuntos. Poderiam mudar a periodicidade de semanal para mensal sem problema algum. Não notaria a diferença.
Sempre que surge a oportunidade de entrevistar o prefeito, o que um repórter de caráter faria? Perguntaria sobre a interminável greve dos médicos, das crateras urbanas, das inúmeras praças abandonadas... Neca de pitibiriba! Sem perguntas difíceis, meu caro! O negócio aqui é light. A conversa é outra, no tête-à-tête as prioridades são outras: assuntos leves, conversa de compadres. Quando entram na roda os problemas da cidade, o repórter formula a pergunta sempre a justificar a incompetência do poder público em resolver os problemas da cidade. Assim fica fácil, nem precisa responder!
Mas o pior está por vir: agora nem se dão ao trabalho de dissimular a imparcialidade. No editorial da uma das edições recentes (Um problema de Jaboticabal), o jornal finalmente mostra sua verdadeira face: de porta-voz do governo. Para o jornal, a responsabilidade de a cidade estar abandonada é integralmente da população, que é desleixada e não cuida de seu próprio patrimônio. Como se nós, cidadãos, não fôssemos obrigados a carregar em nossas costas esse fardo pesado chamado Estado.
Brunno Moraes
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
tenho uma visapum pouco diferente da opinião acim,a além do mais o que se preza em um jonal é a capacidade de informação, a impessoalidade a imparcialidade etc e esre jornal tem tudo isso
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