Minha cidade tem dono!

          Orlândia, São Paulo, Brasil: essa é a cidade onde moro, porém, não me vem à cabeça dizer que “é a minha cidade”, pois, infelizmente, quem detém o poder deste pequeno município de pouco menos de 40 mil habitantes são determinados sobrenomes.

         
          O porquê da minha revolta é fácil de responder. Há alguns finais de semana, um desses “coronéis” de minha cidade fez aniversário, e, como se não bastasse o espaço físico da “pequena mansão” para a realização da festa, uma rua foi interditada, não apenas para a realização da cerimônia, mas também para evitar os olhos de curiosos ou de cidadãos que detém o direito de ir e vir em sua própria cidade.

         
          Esse fato registrado nesse texto está longe de ser o único e muito menos o último. Jovens com “tais” sobrenomes dirigem carros importados, em minha cidade, com 15, 16, 17 anos, sem CNH portanto, e vagam por aí como se fossem os donos da rua (o que, infelizmente, pode ser considerado como verdade).

         
          E o que esse blog tem a ver com isso? Fácil de responder. Dizem que o jornalismo serve para dar voz a quem não tem e tentar melhorar a realidade da população, porém, não é isso que é visto em minha cidade, pois os veículos de comunicação são coniventes com tudo isso, e o “pato”, quem paga, em minha cidade, são os Silva, os Santos...

Luan Amaral
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP