terça-feira, 26 de abril de 2011

Prolongando o irrisório

          Todos sabem que as epidemias de dengue são constantes, tanto no interior paulista como em metrópoles. Inúmeras causas são questionadas, como má higienização domiciliar, juntamente com o descaso das pessoas que reclamam; porém, cuidados mínimos passam longe de ser unanimidade.

          Contradições como essas só se agravam com a esperança de uma vacina contra a doença em cinco anos, enquanto os noticiários em geral deleitam na monotonia de salientar o aumento dos casos da doença e suas consequências previsíveis.

          Enquanto nós, cidadãos, esperamos medidas, também enaltecemos grandes investimentos em eventos supérfluos, como micaretas com cachês estrondosos. É claro que entretenimento é indispensável. No entanto, saúde pública não é brincadeira.

          Por outro lado, quem reclama precisa ter argumento, ação comprometida; já os governantes, foco na qualidade de vida populacional.

          Enquanto ambos persistirem nesse bloqueio de comportamentos, seja por qualquer motivo ou favorecimento, aplaudiremos nossa sociedade do espetáculo.

Andressa Fernandes
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP

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