quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Operação Sevandija - os excessos de nossa imprensa

Fonte da imagem: UOL


          O escritor, historiador e jornalista gaúcho Eduardo Bueno, o Peninha, brinca que “jornalista não gosta de que coisas aconteçam, senão ele vai ter que trabalhar”. Claro que é uma brincadeira. Ele mesmo foi um dos que já correram muito para dar uma matéria, e duvido que tenha ficado mal-humorado por isso.

          O fato é que a imprensa em Ribeirão Preto tem motivos para não ficar parada em 2016. Já teve tocha, assalto milionário e agora, desde o dia 1º de setembro, uma operação da Polícia Federal. Esta operação, a Sevandija, serve e muito para matar a sede diária que estes profissionais sentem ao abrir o jornal e ver PFs, a mando de Sérgio Moro, na porta da casa dos políticos e empreiteiros mais importantes da Pátria Amada.

          É vereador, é prefeita, é empresário. Tudo acusado. Isso faz com que a correria seja intensa. Tem que ouvir promotor, delegado. Vem jornalista de fora. Vai jornalista para fora. Os políticos viraram os grandes vilões (E são. Independente de crime cometido ou não, quem se presta a esse serviço não tem boa intenção). Mas ser vilão não significa ser criminoso comprovado, julgado e preso. Só ser ruim, em todos os aspectos morais.

          A imprensa, induzida pela promotoria, já cometeu alguns excessos nesta semana desde a deflagração da operação.

1º) Notícia atravessada – Desde o início, na ânsia de dar a informação primeiro, alguns princípios básicos foram quebrados. Notícia incompleta, falsa ou sem direito a resposta. Como os casos dos vereadores que, de acordo com a promotoria, teriam tido seus mandatos suspensos – como foi dito na própria coletiva de balanço da operação. Na realidade, eles tiveram as funções públicas suspensas, ou seja, não podem frequentar prédios públicos, por exemplo. Caso o mandato estivesse suspenso, eles deixariam de receber salários e os gabinetes seriam lacrados até o término das investigações, o que não ocorreu. Mesmo eles não frequentando a Câmara, seus assessores estão. Além disso, não foram poucas as oportunidades que a defesa sequer teve a oportunidade de se pronunciar.

           Outro exemplo são as tais conduções coercitivas. De acordo com a promotoria, foram nove conduções para vereadores. Na legislação, condução coercitiva é “Da inteligência do artigo 260 do CPP, se o acusado ou investigado ‘não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença’”.

           Trata-se o presente instituto da possibilidade de o delegado de polícia ou juiz de direito se fazer valer da força necessária e não abusiva para que o investigado seja conduzido à presença da autoridade, a fim de suprir seu eventual descaso com o Estado na busca pela efetiva persecutio criminis, para realização de um ato relevante, seja durante as investigações em sede de inquérito policial, seja no decurso do processo penal”.

          Ou seja: meter o cara no camburão e ponto. Situação que de fato não ocorreu em todas as situações. Alguns vereadores chegaram ao local no próprio carro depois da notificação. Outros demoraram cinco dias para comparecer na sede da PF, com alegação de que estava viajando para a “longínqua São Paulo”.

2º Bundinha na tela – Nestes dias, os jornalistas viraram verdadeiros cangaceiros. Estão montando no jumento e desembainhando o facão para degolar aqueles que tiraram vaga de criança na creche ou roubaram a mistura da merenda. Nos noticiários e programas de entretenimento jornalístico, os apresentadores estão botando mais os dedos na câmera, estão falando mais alto e informando mais que o dinheiro roubado é o dinheiro do POLVO. As apresentadoras gostosinhas estão empinando mais a bunda e rebolando com incisão. O sonho dos adolescentes adoradores de MILF’S. Calça de veludo, bundinha de fora, diria o outro.

           Agora todo mundo é David Frost, Will McAvoy e Boris Casoy. Não precisa de julgamento. Pra que a papelada, dias e dias de tribunal, anos e anos de processo rolando? Pra que Sérgio Moro? Se o simples fato da promotoria ter dito já incrimina todas as pessoas envolvidas? Afinal, pessoa pública é igual bandido, não é? Não precisa de julgamento. Que me diga o Neymar, que de ídolo virou capeta por meia dúzia de jogos atuando mal.

          Até um simples áudio da prefeita reclamando de um acordo com um vereador da base que não foi cumprido já virou motivo de indignação pública. Aí BESSIAS! Se a PRESIDANTA Dilma Rousseff tivesse feito isso não teria virado comida de rato.

          Comparação essa com a situação da política nacional, que não fica na brincadeira deste reles escrevinhador, e que foi feita até mesmo por um jornal. Que teve a pachorra de ir até uma cidade vizinha procurar uma fazenda de um dos investigados pela Sevandija, apenas com o registro de CNPJ em mãos, e deduzir, após algumas entrevistas com vizinhos, que o local também seria utilizado pela prefeita. Repito, sem nenhum documento em mãos, além do registro do proprietário e conversa com os vizinhos. Lembra muito um tal sítio em Atibaia, que, de acordo com o prefeito do Rio, é igual “a merda de Maricá”. Pergunta: Cajuru é uma merda também?

3º O maior espetáculo da Terra - Alguns veículos de comunicação tiveram acesso ao material investigado pela PF. Nenhum problema. Mérito para quem conseguiu. Isso é fruto de muito trabalho. Porém, ficar soltando em pílulas ao longo da semana é, no mínimo, brincar com a situação, apenas para segurar audiência. Solta tudo. Tem site, tem outros meios de comunicação. Não precisa fazer mistério. Todo o interesse jornalístico demonstrado nas situações citadas acima evapora, e fica nítido o interesse de audiência.

          Conclui-se que o tempo está comendo os jornalistas. Internet é bom, desde que seja a cobertura in loco dos acontecimentos, e não a única. A velha e boa análise de tudo com o lado de todos é necessária ainda. A informação é de todos, portanto é algo valioso. Jornalista não é juiz, muito menos assessor de imprensa do Gaeco. Jornalista é jornalista.

Equipe Vigilantes da Notícia

terça-feira, 5 de julho de 2016

Ribeirão em pânico e a reação da imprensa

         
Fonte: Banco de Imagens


          Amigos vigilantes, estejamos atentos. Nossa profissão de jornalista está migrando cada vez mais para as redes sociais e isso é nítido. Não desaprovamos tal mudança, porém, é preciso cuidado.

          Na madrugada de terça-feira, 5 de julho, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, uma quadrilha fortemente armada invadiu uma empresa de valores no bairro Campos Elíseos, um dos mais antigos da cidade, e tocou o terror.

          Por volta das 4h30 da manhã era possível ouvir um intenso tiroteio com a polícia, com armamento pesado e bombas. Carros queimados, bloqueios furados, fuga e perseguição, que culminaran na morte de um policia rodoviário. Cenário de guerra sim e não é exagero falar. 

          Como de praxe em grandes acontecimentos – e em pequenos também – entraram em ação os repórteres virtuais. Os celulares estavam lotados de mensagens em grupos de conversa, com áudios, descrições e vídeos dos acontecimentos. Sem dúvidas, prato cheio para a imprensa explorar durante o dia.

          É certo que esse foi o maior ataque da história da cidade e, sim, merece muito destaque pelos veículos de comunicação. A curiosidade era para saber como isso seria feito. Temos destaques positivos. Citaremos agora.

          Bem cedo, o Facebook já estava com algumas informações. O portal Revide já logo escreve um pequeno lead na fanpage sobre o ataque. Veja:

ÚLTIMA HORA || Desde as 4h, moradores de Ribeirão Preto relatam o barulho de tiros e explosões na cidade. Imagens circulam pelas redes sociais. Segundo a PM, a troca de tiros de mais de uma hora ocorreu na Avenida da Saudade, em assalto. Bandidos atearam fogo em carros na região para evitar o acesso da polícia. Todos os detalhes você acompanha nesta terça-feira, 5, no Portal Revide.

          O portal vem se destacando por diversos furos de reportagens e conteúdo rápido, como deve ser na internet. Hoje não foi diferente, O repórter Pedro Gomes foi ao local e só no período da manhã trouxe quase 10 notícias diferentes sobre os desdobramentos.

          Sempre bem amparado pela equipe de retaguarda na redação, formada por Laura Scarpelini, Gabriela Maulim, Leonardo Santos, Bruno Silva, Guto Silveira e Marina Aranha. Deixamos aqui os parabéns a todos.

          Parabéns também à Equipe da EPTV, que, desde o primeiro jornal, o Bom Dia Cidade, relatou a história no calor do “ao vivo” com o competente repórter Marcos Felipe. Detalhes e mais detalhes, apuração e tudo o que manda o manual do bom jornalismo.

          A primeira edição do Jornal da EPTV foi quase inteira para essa notícia e mais uma vez Marcos Felipe brilhou no ao vivo. Ele tem futuro. Vai longe. Como esperado, João Carlos Borda, um dos mais experientes da casa, fechou uma matéria para o Jornal Hoje.

          Como esse texto está sendo escrito pela tarde, fica aqui nossa aposta para o caso ganhar repercussão no Jornal Nacional e Jornal da Globo.

A pane do pânico
          Abrimos, então, o site do Jornal A Cidade. Recentemente o veículo passou por uma reformulação para combater os avanços do Portal Revide e fazer concorrência forte. O site foi renovado para ficar focado no online.

          Por nossa surpresa, eram mais de 8h e nada havia sido postado. Nem no site, tampouco nas redes sociais. Só depois das 8h30, quase 9h, vimos uma publicação no Facebook. Nem assim, a notícia era destaque na “home” do site. Fato que foi ocorrer bem depois dos acontecimentos.

          Pega mal para o jornal que se diz “A Cidade On” passar tanto tempo “off” diante dessa história. Fica aqui a nossa crítica.

          Outro “case” a ser destacado é do apresentador e repórter policial Lincoln Fernandes. Quem é da cidade ou da região sabe que ele está envolvido sempre de perto as coberturas policiais. É sim um competente repórter e com boas fontes, além de ser bem conhecido entre os populares.

          Hoje, ainda de madrugada, ele foi ao local e postou diversos vídeos em seu perfil no Facebook. Acreditamos ter sido o primeiro jornalista a noticiar o ocorrido. Louvável a atitude e ficam aqui as congratulações.

          O que chama a atenção é que ele é pré-candidato a vereador na cidade e estava no local com uma camiseta do Capitão América, um super-herói. Não sabemos se essa foi a intenção dele (até porque o próprio admitiu ter sido a primeira roupa que encontrou pela frente), mas um super-herói, num cenário de guerra, narrando tudo ao vivo, atingindo mais de 10 mil pessoas, ganhando compartilhamento e ele sendo pré-candidato à eleição é, no mínimo, desconfiável.

         Continuaremos vigiando.

Equipe Vigilantes da Notícia

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Patrulhismo na imprensa regional

Foto: Observatório da Imprensa


          Lá no início de 2012, o Vigilantes da Notícia foi o primeiro projeto da faculdade que me inseri. Eu já conhecia o projeto antes disso. Enquanto procurava por recomendações sobre os cursos de jornalismo de Ribeirão Preto, o blog, idealizado pelo Igor Savenhago, me apresentou as primeiras credenciais do que eu encontraria no meu futuro.

          Lembro que, na época, em nenhum dos textos publicados pela página havia qualquer menção pelo Centro Universitário Barão de Mauá, no qual eu iria me matricular, e onde o curador do blog trabalhava. 

          Passados quase quatro anos, hoje me sinto um profissional já, embora naquela época o Igão já dizia que éramos jornalistas. Agora, inserido em um projeto arrojado do Portal Revide, em que venho trabalhando há dois anos, noto que a mídia regional nunca teve um projeto de tamanha ambição. Contamos com um jornalista experimentadíssimo, o Guto Silveira, uma editora competente e com muito a ensinar, a Marina Aranha, um repórter século XXI, o Bruno Silva, e estagiários, no qual me incluo, com muita vontade de aprender.

          Essa ideia de trazer para Ribeirão Preto - e por que não região? – um portal de notícias que dialogue com as características com a terra do chope tem apresentado muito descobertas, justamente por ser algo inovador, embora exista o G1, porém muito mais atrelado aos outros veículos da Rede Globo/EPTV, do que o nosso portal é com a edição impressa.

          Cada dia um fato, no sentido profissional, e não a pauta propriamente em si, tem se apresentado para nós, que estamos botando esse site para rodar, e também para os leitores, e até para a imprensa regional. Na semana entre os dias 16 e 21 de novembro, aconteceram três exemplos, que curiosamente me afetaram. Vamos lá.

         A primeira situação é o contato com a assessoria de imprensa de uma equipe esportiva de Ribeirão Preto. Na quarta-feira, 18, recebemos a ligação de uma representante de nosso setor comercial contando que o filho de um dos clientes da revista, que é jogador de handebol, estava se organizando, com outros atletas de diversas modalidades, para cobrar na prefeitura de Ribeirão Preto uma dívida a respeito do Bolsa Atleta.

          Fomos atrás dos organizadores, para abordar com eles os motivos. Um dos esportistas pediu que o nome dele permanecesse anônimo. Ok, é um direito dele, e respeitamos. Fizemos a reportagem e subimos para o portal. Passaram algumas horas, e vem o aviso: “o assessor de imprensa de XXX pediu para você ligar para ele, e não citar nome de XXX no texto” – isso mesmo, após o texto no ar, SEM o nome do atleta. O assessor nem sequer leu a matéria e já quis opinar sobre o conteúdo que já estava no ar.

          A segunda situação aconteceu no dia seguinte. Passávamos a tarde, quando a Folha de S. Paulo publica em seu site que o governo do estado suspendeu a reorganização escolar. Checando a informação, descobrimos que na realidade foi uma proposta do governo, dizendo que pretende rediscutir a reorganização em troca do fim das ocupações de escolas por todo o estado, e enquanto essas discussões acontecem, a reorganização estaria suspensa temporariamente.

          Meus caros, confesso que o jornalismo não é 100% santo. Para chamar a atenção na manchete, eu optei por destacar que a reorganização estaria suspensa TEMPORARIAMENTE, como de fato foi proposto. Mesmo assim, na reportagem, expliquei a situação, e para firmar mais credibilidade na notícia coloquei as propostas apresentadas pelo governo ao Ministério Público e que foram distribuídas para a imprensa de todo o Estado. Novamente, horas depois, vem a ligação da assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação, firmando que a reorganização não está suspensa, como se dissesse que eu cravei essa notícia, mesmo eu explicando a situação, ou seja, os assessores do Estado só leram a manchete e não acessaram o conteúdo.

          A terceira situação ocorreu neste sábado, 21. Fui a padaria, e me deparo com um exemplar do semanário O Momento Atual, de Sertãozinho. E leio na capa a seguinte chamada: “Dedini não confirma o fechamento de fábrica na cidade”, e me espanto com a linha fina: “Empresa não confirma notícia divulgada em revista regional que diz que a empresa fechará a unidade de Sertãozinho”.

          Voltemos agora a terça-feira, 17. Todos os dias, procuro chegar na redação pelo menos trinta minutos antes de início ao meu expediente. Neste período, procuro dar uma lida nos principais jornais do país para ver se há alguma notícia a respeito de Ribeirão Preto ou de municípios vizinhos. Normalmente, não encontro muita coisa, mas neste dia específico, sim. 

          A informação exclusiva para assinantes do jornal de economia Valor Econômico era sobre a Dedini, empresa do setor metalúrgico, que tem uma unidade em Sertãozinho. E lá estava o que procurava, dizia que a empresa, que se encontra em processo de recuperação judicial, entregou uma proposta à justiça, que prevê o fechamento da fábrica em Sertãozinho, para o pagamento de dívidas. Uma boa pauta.

          Então, publiquei a seguinte manchete: “Dedini planeja o fechamento da unidade de Sertãozinho”. Não cravei que fechará e, ainda por cima, disse no texto que é uma proposta entregue, e que deve ser avaliada pela justiça e pelos credores, no qual encontram-se funcionários da empresa, que simplesmente podem recusar. Novamente, nos deparamos com uma má interpretação do texto, que, agora, ao invés dos assessores de imprensa, só estão fazendo o trabalho deles, que é blindar a imagem de seus clientes, é de um outro veículo, que ao invés de se atentar as palavras “planeja” e “proposta”, deu a entender que só leu “fechará”, que em nenhum momento afirmei que isso iria acontecer.

          Dessas situações, tiro algumas lições, e até certo ponto positivas, embora algumas me chateiem muito. Os lados legais é que estamos sendo monitorados e estão tomando o Portal Revide como fonte de informação. O nosso principal objetivo, que só pode ser alcançado em um trabalho de formiguinha realizado diariamente por meus colegas e por mim, além da liberdade dada pelos donos da Revide.

          Mas o que me deixa encabulado é o excesso de “fiscalização” e tentativas de se impor aos órgãos de imprensa por parte dos assessores, que deveriam entender que cada profissional tem que fazer seu trabalho com respeito, pois somos peças que necessitam da outra, e esse patrulhismo não é sadio, pois pode trazer desavenças. As situações nas quais estive inserido foram mais pode descuido dos assessores, que preferiram parar de ler na manchete, do que ler e compreender a situação que está sendo passada.

          Já no caso do O Momento Atual, fico contente por saber que um outro veículo está se pautando a partir do que descobrimos lá na Revide, e essa é mesmo a nossa intenção. Mas fico chateado pelo tom com que o assunto foi tratado pelo semanário, isso porque o assunto principal para o repórter que publicou essa réplica não foram as consequências que um possível fechamento de uma empresa na cidade pode trazer, mas sim rebater a informação publicada por outro veículo. O que no fim das contas não se mostrou muito efetivo, já que eles também não obtiveram uma resposta concreta de “sim” ou “não”, mas um “não confirma”.

          Sinto que isso ocorre devido à novidade que os portais de notícia ainda apresentam para essas pessoas. No universo online, muita coisa ainda é obscura, mas deve-se dar crédito a trabalhos bem feitos quem vem sendo realizados para criar alternativas para sobreviver nesta nova realidade. Talvez, se essa informação de um planejamento sobre o futuro de uma empresa fosse publicado por um jornal – como ocorreu, a notícia em primeira mão foi do Valor –, a resposta do jornal não iria ter ocorrido com tanta “virulência”. Talvez o Momento pudesse até se pautar por aí, mas buscando entender as consequências, e não rebater uma informação de um jornal que nem sequer é concorrente, já que a mídia é diferente, e por ventura é até parceiro da Revide.

Leonardo Roark dos Santos
Jornalista
Ribeirão Preto/SP

sexta-feira, 31 de julho de 2015

De quem é, produção?

       
Imagem: Banco de Imagens


          Virou prática comum no telejornalismo regional. Quando uma boa reportagem vai pro ar, os méritos são, quase que exclusivamente, dos repórteres. Eles recebem elogios da chefia, nas redes sociais, em casa, na rua. Mas o que talvez o telespectador não saiba é que fazer televisão exige um árduo trabalho de equipe, uma sintonia que envolve produção, imagens, texto, entrevistas, edição, edição de imagens e finalização. Botar a cara no vídeo é somente uma das etapas do processo. Geralmente, no entanto, são os créditos do repórter e, no máximo, do cinegrafista, os únicos a serem divulgados. 

          Existe uma brincadeira que os jornalistas de TV fazem muito. “Quando a matéria é bem feita, mérito do repórter. Quando dá errado, problemas na produção” – que, aliás, pode ser considerada a alma de uma redação de TV. Se a produção não vai bem, nada segue direito. Curiosamente, pauteiros e produtores estão, ainda, entre os mais baixos salários dessa área do jornalismo. 

          Atribuir novos valores ao trabalho de produtores e editores talvez seja um caminho para que o telejornalismo busque diferentes possibilidades – além da falta de criatividade que o atormenta – e volte a se engajar no planejamento da pauta, na apuração e no tratamento da informação. 

Igor Savenhago
Jornalista e professor universitário
Bebedouro e Franca/SP

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A escola na TV

          A reportagem do EPTV na Escola do dia 13 de junho mostrou a participação dos pais no ensino, como incentivam seus filhos a gostar de estudar. Com várias entrevistas, trouxe um exemplo de como é possível viver em sintonia e ter prazer com as tarefas escolares. 

Link da matéria: 

Lucivânia Castro Souza
Estudante de Jornalismo
Bebedouro/SP

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Notícia curta

          A notícia é dada claramente, mas de forma muito curta. Por se tratar de um acidente grave, como é dito no início da matéria, o assunto poderia ser mais explorado. Poderiam ser entrevistados um guarda municipal de trânsito, para comentar o ocorrido, alguém que presenciou o acidente ou, então, o representante da coordenadoria municipal de trânsito para falar dos últimos números de acidentes de trânsito em Garça (SP), os possíveis motivos e se há projetos para solução.

Link da matéria:
http://noticias.band.uol.com.br/bandcidade/spinterior/video/2015/05/28/15489041/cameras-registram-acidente-entre-carro-e-moto.html

Rafaela Varrichio
Estudante de Jornalismo
Bebedouro-SP

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ribeirão fez Bonito

          A matéria foi sobre a final da Taça EPTV de Futsal, tradicional campeonato realizado pela própria emissora. Além dos principais lances do jogo, focou na torcida de Ribeirão Bonito e no que o título representa para a cidade.

          Percebemos esse enfoque logo no início da reportagem, com a comemoração dos moradores. As entrevistas com a torcida e jogadores, as imagens e o discurso utilizado pela repórter tanto valorizam Ribeirão Bonito como são uma forma de promoção para a emissora.

Link da matéria:

Rafaela Varrichio
Estudante de Jornalismo
Bebedouro-SP