Fonte: Banco de Imagens
Amigos vigilantes, estejamos atentos. Nossa profissão de jornalista está migrando cada vez mais para as redes sociais e isso é nítido. Não desaprovamos tal mudança, porém, é preciso cuidado.
Na madrugada de terça-feira, 5 de julho, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, uma quadrilha fortemente armada invadiu uma empresa de valores no bairro Campos Elíseos, um dos mais antigos da cidade, e tocou o terror.
Por volta das 4h30 da manhã era possível ouvir um intenso tiroteio com a polícia, com armamento pesado e bombas. Carros queimados, bloqueios furados, fuga e perseguição, que culminaran na morte de um policia rodoviário. Cenário de guerra sim e não é exagero falar.
Como de praxe em grandes acontecimentos – e em pequenos também – entraram em ação os repórteres virtuais. Os celulares estavam lotados de mensagens em grupos de conversa, com áudios, descrições e vídeos dos acontecimentos. Sem dúvidas, prato cheio para a imprensa explorar durante o dia.
É certo que esse foi o maior ataque da história da cidade e, sim, merece muito destaque pelos veículos de comunicação. A curiosidade era para saber como isso seria feito. Temos destaques positivos. Citaremos agora.
Bem cedo, o Facebook já estava com algumas informações. O portal Revide já logo escreve um pequeno lead na fanpage sobre o ataque. Veja:
ÚLTIMA HORA || Desde as 4h, moradores de Ribeirão Preto relatam o barulho de tiros e explosões na cidade. Imagens circulam pelas redes sociais. Segundo a PM, a troca de tiros de mais de uma hora ocorreu na Avenida da Saudade, em assalto. Bandidos atearam fogo em carros na região para evitar o acesso da polícia. Todos os detalhes você acompanha nesta terça-feira, 5, no Portal Revide.
O portal vem se destacando por diversos furos de reportagens e conteúdo rápido, como deve ser na internet. Hoje não foi diferente, O repórter Pedro Gomes foi ao local e só no período da manhã trouxe quase 10 notícias diferentes sobre os desdobramentos.
Sempre bem amparado pela equipe de retaguarda na redação, formada por Laura Scarpelini, Gabriela Maulim, Leonardo Santos, Bruno Silva, Guto Silveira e Marina Aranha. Deixamos aqui os parabéns a todos.
Parabéns também à Equipe da EPTV, que, desde o primeiro jornal, o Bom Dia Cidade, relatou a história no calor do “ao vivo” com o competente repórter Marcos Felipe. Detalhes e mais detalhes, apuração e tudo o que manda o manual do bom jornalismo.
A primeira edição do Jornal da EPTV foi quase inteira para essa notícia e mais uma vez Marcos Felipe brilhou no ao vivo. Ele tem futuro. Vai longe. Como esperado, João Carlos Borda, um dos mais experientes da casa, fechou uma matéria para o Jornal Hoje.
Como esse texto está sendo escrito pela tarde, fica aqui nossa aposta para o caso ganhar repercussão no Jornal Nacional e Jornal da Globo.
A pane do pânico
Abrimos, então, o site do Jornal A Cidade. Recentemente o veículo passou por uma reformulação para combater os avanços do Portal Revide e fazer concorrência forte. O site foi renovado para ficar focado no online.
Por nossa surpresa, eram mais de 8h e nada havia sido postado. Nem no site, tampouco nas redes sociais. Só depois das 8h30, quase 9h, vimos uma publicação no Facebook. Nem assim, a notícia era destaque na “home” do site. Fato que foi ocorrer bem depois dos acontecimentos.
Pega mal para o jornal que se diz “A Cidade On” passar tanto tempo “off” diante dessa história. Fica aqui a nossa crítica.
Outro “case” a ser destacado é do apresentador e repórter policial Lincoln Fernandes. Quem é da cidade ou da região sabe que ele está envolvido sempre de perto as coberturas policiais. É sim um competente repórter e com boas fontes, além de ser bem conhecido entre os populares.
Hoje, ainda de madrugada, ele foi ao local e postou diversos vídeos em seu perfil no Facebook. Acreditamos ter sido o primeiro jornalista a noticiar o ocorrido. Louvável a atitude e ficam aqui as congratulações.
O que chama a atenção é que ele é pré-candidato a vereador na cidade e estava no local com uma camiseta do Capitão América, um super-herói. Não sabemos se essa foi a intenção dele (até porque o próprio admitiu ter sido a primeira roupa que encontrou pela frente), mas um super-herói, num cenário de guerra, narrando tudo ao vivo, atingindo mais de 10 mil pessoas, ganhando compartilhamento e ele sendo pré-candidato à eleição é, no mínimo, desconfiável.
Continuaremos vigiando.
Equipe Vigilantes da
Notícia
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