quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Charlie Hebdo

          Consternado com o atentado de hoje, contra o jornal Charlie Hebdo, em Paris. Todos nós, jornalistas, morremos um pouco hoje. Não foi um atentado contra o jornal satírico, foi contra toda a imprensa mundial, contra a Liberdade de Expressão. Concorde ou não com os meios empregados pela publicação ao fazer as sátiras, é unânime o repúdio ao emprego da violência contra os profissionais da imprensa.

         Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (FIP, na sigla em inglês) ao menos 118 jornalistas morreram no ano passado, 25 foram na América Latina. Aqui no Brasil, três profissionais foram assassinados em 2014.

          Jornalistas morrem todos os anos ao denunciarem casos de corrupção, tráfico de drogas ou mesmo ao criticarem e satirizarem, como foi o caso dos cartunistas do Charlie Hebdo.

         O combustível para continuar na empreitada na profissão é o sangue derramado por estes profissionais e dos que tombaram no passado, que não temeram represálias, seja de grupos terroristas, traficantes, políticos corruptos e bandidos fardados.

          O exercício da Liberdade de Expressão e de Informação nada mais é do que um direito civil conquistado à duras penas pela Humanidade. Não será um atentado que fará o bonde da História voltar às trevas.

Brunno Vogah
Jornalista
Ribeirão Preto e Jaboticabal/SP

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