Mais do que nunca, a Rede Record cresce no cenário televisivo. Liderada por um bispo, a emissora tem trazido programas que agradam ao público e contratado profissionais renomados.
Do ponto de vista do telespectador, ter mais uma emissora em evidência é de bom proveito, pois torna-se mais uma fonte e com visões diferentes das quais estamos acostumados. Porém, o crescimento da TV Record começa a incomodar outras redes que, até então, detinham a maior parcela do público, o que tem gerado uma "guerra" na mídia, até mesmo regionalmente falando.
Não é segredo para ninguém que boa parte das matérias publicadas nas grandes emissoras brasileiras tem fins comerciais, lucrativos e nem tanta relevância informativa. Até aí, tudo bem (até porque não temos um movimento forte em favor de um jornalismo sério e ético), porém, o que realmente tem incomodado o conforto destes "coronéis" da TV brasileira tem nome e sobrenome: o bispo Edir Macedo.
Liderada por Edir, a Record tem obtido altos índices de audiência, o que tira uma parcela de público da Rede Globo de Televisão, que é a maior "prejudicada" nesta ascensão "Macediana".
Como o bispo se tornou milionário (inclusive cogitou tentar tirar os direitos da Globo de transmitir o Campeonato Brasileiro de futebol), a Globo viu no lado religioso a forma mais forte de se denegrir a imagem do gestante de sua concorrente e é aí, finalmente, que chego aonde gostaria.
Usando de um jornalismo investigativo (pelo que me parece, nem um pouco ético), a Globo fez várias acusações no “Jornal Nacional” a Edir Macedo, entre elas, lavagem de dinheiro.
O bispo, vendo que a sua e a imagem da Record estavam sendo arranhadas, logo contra atacou. Como a Globo fazia uma publicidade pesada em um evento que pela primeira vez era televisionado em TV aberta, o UFC, a Record viu nesse esporte (que é agressivo e polêmico) uma forma de responder aos ataques iniciais, exibindo matérias sobre praticantes do esporte que se lesionaram seriamente e que não tiveram o devido respaldo da empresa que realiza o torneio. A emissora tenta de todas as formas mostrar ao público o “lado negro” do evento, chegando a dizer que tal não se tratava de um esporte, mas. sim, de uma “rinha humana”.
Diante desta situação, questiono a ética em nossa profissão. Pluralidade de fontes, lados divergentes sendo ouvidos, isenção na matéria, entre outros tantos quesitos, são deixados de lado frente ao interesse financeiro das instituições. São matérias claramente tendenciosas com criticas destrutivas e com intuito apenas de denegrir a imagem de um concorrente, sem qualquer respeito ao telespectador. Fato é que boa parte do jornalismo perdeu sua essência de informar e dar voz a quem não tem e se tornou apenas e tão somente um objeto comercial. E fica claro, ainda, que quem tentar impedir estes interesses sofrerá coerção de todas as formas, sejam morais, legais ou não.
Luan Amaral
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
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