Um por todos, todos por um

"Notícia é como Deus para os que nele acreditam: está presente em toda parte e ao mesmo tempo. O problema é que os repórteres não saem mais da redação à procura de notícias, que nascem dentro da própria redação. Quase sempre as mesmas, em todas as redações. A maioria dos jornais e dos jornalistas sucumbiu há muito tempo ao mecanismo perverso da pauta comum de assuntos. Parece haver entre eles um entendimento tácito: se fizerem jornais iguais ou pelo menos parecidos, irão juntos para o céu. Ou descerão juntos para o inferno na pior das hipóteses. Vigora o lema dos três mosqueteiros: um por todos, todos por um.” (Trecho do livro “A arte de fazer um jornal diário” – Ricardo Noblat)

          O livro, que foi lançado em 2003, retrata claramente a realidade de hoje, mesmo depois de oito anos. Quem disse que todos os jornais têm que escrever a mesma notícia? O que é notícia? O que é importante para a população saber? Não posso acreditar que falta tanta criatividade e pauta para os jornais. É preciso inovar para que cada jornal possa ter um público alvo. Há espaço para todos e notícia é o que não falta. O pior é quando o telejornal tem duas edições e repete a notícia da manhã no jornal da noite.

Cris Paulino
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP