quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jornalismo não é à prova de balas

          Na manhã do dia 6 de novembro, um domingo, durante uma operação policial na Zona Oeste do Rio de Janeiro, aconteceu algo que certamente repercute em toda imprensa do país: o repórter cinematográfico Gelson Domingos, da Rede Bandeirantes, foi atingido no peito por um tiro de fuzil que lhe tirou a vida. Gelson estava de colete III-A que, segundo a Band, em nota à imprensa, não conseguiria segurar os tiros de fuzil.

          É de amplo conhecimento do público que o crime organizado está fortemente armado com metralhadoras, fuzis e até granadas. Fica uma pergunta: como uma emissora como a Bandeirantes pode descuidar de oferecer aos seus profissionais um colete que não teria o mínimo de proteção em uma cobertura de operações policiais?

          Talvez seja a busca incessante por audiência e conseguir melhores imagens que jogam os repórteres para a morte. É o momento de discutirmos qual deve ser a postura dos veículos de imprensa, dos repórteres e dos policiais na cobertura dessas verdadeiras guerras que ocorrem no Rio e que poderiam ocorrer em qualquer lugar do país, inclusive em Ribeirão Preto.

Brunno Moraes
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP

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