Espaço para futilidades

          A Folha de São Paulo publicou, recentemente, uma matéria sobre jovens de Ribeirão Preto que aquecem o mercado de luxo da capital. De forma tendenciosa e irrelevante, a repórter perdeu o bom senso ao falar sobre o assunto, mostrando o lado fútil e descompromissado do jornalismo.

         
          A matéria – de página inteira – mostra a necessidade e importância de comprar marcas famosas na Daslu. A loja chega a lucrar até R$ 2.800 por cliente em um dia e o interior do estado tem alto poder aquisitivo, contribuindo com esse mercado.

         
          Foram entrevistadas algumas ribeirãopretanas que, desde pequenas, se acostumaram com as compras todo fim de semana. Além de roupas, as jovens usufruem dos serviços de ponta dentro da própria loja: “Lorella, 17, frequenta a Daslu desde os oito anos com a mãe”.

         
          Escrever sobre o tema de maneira tão desnecessária torna-se um desperdício de espaço midiático. Espaço que poderia ser usado para críticas, debates ou informações de interesse da maioria.

Mariana Valentini
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP