Se a função do jornalista é fiscalizar o poder público e dar voz a quem não tem, isso muitas vezes não acontece, devido ao fato de vários veículos de comunicação estarem nas mãos dos políticos, acontecendo, assim, um boicote à informação. O resultado disso é que o outro lado não é mostrado.
Uma das grandes discussões sobre a ética jornalística é a questão da imparcialidade. Todos os Códigos de Ética de jornalismo incluem como valores e preceitos fundamentais a busca da verdade, a veracidade e a precisão das informações. No último mês de março, em Viradouro, município do interior paulista com menos de 20 mil habitantes, um tumulto aconteceu entre a prefeitura e um grupo de pagode local, chamado Crystal do Samba. Esta briga foi veiculada através da Rádio Comunitária Família de Viradouro.
A referida rádio comunitária é o veículo mais influente de Viradouro. Ela tem um segmento voltado ao catolicismo e conta, em sua programação, com alguns programas jornalísticos.
Acontece que no Carnaval do município, o prefeito, Paulo Camilo Guiselini, acertou com o grupo Crystal, para que animasse as noites da folia viradourense. E foi isso o que aconteceu. O povo cantou e dançou ao som de famosas músicas carnavalescas, tocadas pelo Crystal.
Passados alguns dias, o grupo foi até a prefeitura, depois de várias tentativas, reclamar da falta de pagamento dos shows. De acordo com a prefeitura, o não pagamento aconteceu porque, no acordo firmado com o grupo, seria necessária a apresentação de uma nota fiscal para recebimento do valor estabelecido para o show.
Já de acordo com os componentes do Crystal, a prefeitura os estava enrolando, com falsas promessas e adiamentos na data de pagamento. Na tarde do dia 25 de março, todos os integrantes do grupo compareceram à prefeitura exigindo o pagamento. Chegando até o local, o grupo decretou que ninguém entrava e nem saía da prefeitura até o pagamento da banda. Com os ânimos exaltados dos dois lados, o confronto entre os pagodeiros e prefeitura resultou em agressões morais. De acordo com os artistas, o prefeito os teria chamado de macados e vagabundos, o que foi negado pelo prefeito e algumas testemunhas. Outro fato foi a ida de um dos integrantes para o hospital, que chutou uma porta de vidro e precisou tomar diversos pontos numa perna.
A rádio local relatou o acontecido, mas apenas ouviu um lado: o da prefeitura. O prefeito contou em entrevista que o grupo se exaltou e que o pagamento não foi feito devido à falta de apresentação de nota. Encerrado o programa, os integrantes do Crystal entraram em contato com a rádio, pedindo direito de resposta.
Não apenas por ser um direito jornalístico, mas, também, pelo fato de ser uma rádio comunitária, em que a população é a própria dona, de acordo com os regimentos das rádios comunitárias, este direito deveria ir ao ar, para que fossem ouvidos os dois lados do ocorrido. Mas, infelizmente, isso não aconteceu, pois a prefeitura é a maior colaboradora financeira da comunitária e a diretoria da rádio decidiu não expor a prefeitura e, com isso, não correndo o risco de perder sua maior apoiadora, mesmo camuflando informações.
Agora cabe descobrir se realmente existe ou não o direito de resposta. Ou se a resposta no meio de comunicação existe apenas para quem paga. Fica a pergunta!
Uma das grandes discussões sobre a ética jornalística é a questão da imparcialidade. Todos os Códigos de Ética de jornalismo incluem como valores e preceitos fundamentais a busca da verdade, a veracidade e a precisão das informações. No último mês de março, em Viradouro, município do interior paulista com menos de 20 mil habitantes, um tumulto aconteceu entre a prefeitura e um grupo de pagode local, chamado Crystal do Samba. Esta briga foi veiculada através da Rádio Comunitária Família de Viradouro.
A referida rádio comunitária é o veículo mais influente de Viradouro. Ela tem um segmento voltado ao catolicismo e conta, em sua programação, com alguns programas jornalísticos.
Acontece que no Carnaval do município, o prefeito, Paulo Camilo Guiselini, acertou com o grupo Crystal, para que animasse as noites da folia viradourense. E foi isso o que aconteceu. O povo cantou e dançou ao som de famosas músicas carnavalescas, tocadas pelo Crystal.
Passados alguns dias, o grupo foi até a prefeitura, depois de várias tentativas, reclamar da falta de pagamento dos shows. De acordo com a prefeitura, o não pagamento aconteceu porque, no acordo firmado com o grupo, seria necessária a apresentação de uma nota fiscal para recebimento do valor estabelecido para o show.
Já de acordo com os componentes do Crystal, a prefeitura os estava enrolando, com falsas promessas e adiamentos na data de pagamento. Na tarde do dia 25 de março, todos os integrantes do grupo compareceram à prefeitura exigindo o pagamento. Chegando até o local, o grupo decretou que ninguém entrava e nem saía da prefeitura até o pagamento da banda. Com os ânimos exaltados dos dois lados, o confronto entre os pagodeiros e prefeitura resultou em agressões morais. De acordo com os artistas, o prefeito os teria chamado de macados e vagabundos, o que foi negado pelo prefeito e algumas testemunhas. Outro fato foi a ida de um dos integrantes para o hospital, que chutou uma porta de vidro e precisou tomar diversos pontos numa perna.
A rádio local relatou o acontecido, mas apenas ouviu um lado: o da prefeitura. O prefeito contou em entrevista que o grupo se exaltou e que o pagamento não foi feito devido à falta de apresentação de nota. Encerrado o programa, os integrantes do Crystal entraram em contato com a rádio, pedindo direito de resposta.
Não apenas por ser um direito jornalístico, mas, também, pelo fato de ser uma rádio comunitária, em que a população é a própria dona, de acordo com os regimentos das rádios comunitárias, este direito deveria ir ao ar, para que fossem ouvidos os dois lados do ocorrido. Mas, infelizmente, isso não aconteceu, pois a prefeitura é a maior colaboradora financeira da comunitária e a diretoria da rádio decidiu não expor a prefeitura e, com isso, não correndo o risco de perder sua maior apoiadora, mesmo camuflando informações.
Agora cabe descobrir se realmente existe ou não o direito de resposta. Ou se a resposta no meio de comunicação existe apenas para quem paga. Fica a pergunta!
Gilliano Motta
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
Estudante de Jornalismo
Ribeirão Preto/SP
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